Quem nunca teve um sonho? Infelizmente nem sempre realizamos nossos desejos. Sonhos são pra se sonhar ou para se tornar realidade? Talvez seja um dilema irreal, já que muitas das nossas vontades mais profundas morrem sem conhecer o dia. A verdade verdadeira é que muitos sonhos morrem sem conhecer minimamente a possibilidade de concretização. Mas não! Esse não é um texto pessimista… hoje não.
Toda a amargura de pensar no meu cemitério particular de sonhos serve apenas para para acentuar o doce gosto do desejo realizado. E posso dizer com a alma branca de felicidade que eu estive no maior templo futebolístico do mundo: O Santiago Bernabéu.
Amigo leitor, deixemos nossas predileções de lado. É inegável! O Real Madrid é o maior clube de futebol da galáxia. As histórias, as lendas, as taças… Escolha qualquer critério que defina um clube como grande e o Madrid ira triunfar. Equipe com mais jogadores lendários? Real Madrid! Estrutura invejável e invejada? Real Madrid. Taças importantes? Real Madrid! E antes que o texto caia numa repetitiva melodia, vamos prosseguir.
É impossível não se emocionar ao comprar o ingresso na bilheteria do estádio, adentrar e sair direto na arquibancada. Um mar de cadeiras azuis e lá longe um tapete verde. Longe metaforicamente, claro! Longe como o Olimpo, não como o Macaranã.
Dentro do estádio (eu fiz um tour) o que vemos é uma infinidade de glamour e história. Todos os jogadores estão devidamente homenageados. Claro que Zidanes, Rauls e Beckhams estão em destaque, mas nada escapa a necessidade de um registro histórico fiel. Entre os notáveis, estavam os pernas-de-pau e os peseteiros: Vitor (lateral direito e ganhador de tantas Libertadores), César Prates, Luis Enrique (traidor), Eto´o (muita gente nem sabe que ele jogou pelo Madrid), Evaristo de Macedo (como é cruel o tempo que envelhece o craque) e até o Anjo Loiro da gávea está nas fotos.
E de repente, você está olhando pra mais craques que a memória permitia enumerar: os Fernandos (Hierro e Redondo), Breitner, Anelka, El Bam-Bam Zamorano, Kopa, Gheorghe Hagi, Clarence Seedorf e, claro, Ferenc Puskás.
Mas apenas um jogador tem um capitulo especial. Em uma reprodução história, existe uma sala de estatuas representando o momento em que o presidente Santiago Bernabéu assina o contrato de Alfredo Di Stéfano. O mais representativo da cena é que é tudo feito em branco… Tudo! O presidente, a mesa, o craque, o tapete… O desatento reclama da ausência de cor, mas nós bem sabemos que estamos vendo todas as cores.
Num dado momento, a minha sábia mãe, (mas desconhecedora dos histórias dos gramados) ao ver uma foto imponente de Santiago Bernabéu embalando as taças européias como filhos, comenta que ele nunca imaginou que seria tão famoso. Ledo engano! O Sr. Bernabéu sempre sonhou e trabalhou pela grandeza do clube. Cada tijolo e cada craque foram comprados num ambicioso desejo de soberania. O Real é o maior e sabia disso mesmo quando era apenas o Madrid.
Alguns sonhos morrem na memória, os sonhos de Santiago Bernabéu se realizam todos os dias…
[…] leitor poderá criticar a minha falta de linearidade: Nem terminou de falar do Santiago Bernabéu e vai falar de outro estádio? Nesse momento é necessário explicar que o texto nasce de […]
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