A semana começa, como de costume, com uma das instituições mais tradicionais do povo brasileiro:
O Chororô.
Posted in Botafogo de Futebol e Regatas, Campeonato Brasileiro, Campeonato Carioca, Clichês do futebol, Clube Atlético Mineiro, Clube de Regatas do Flamengo, Cruzeiro Esporte Clube, Fluminense Football Club, Futebol, Santos Futebol Clube, São Paulo Futebol Clube, Sport Club Corinthians Paulista, Sport Club Internacional, Vida on 16 de novembro de 2009| 3 Comments »
A semana começa, como de costume, com uma das instituições mais tradicionais do povo brasileiro:
O Chororô.
Posted in Fluminense Football Club, Futebol, Futebol internacional, Histórias da bola, Morte, Nelson Rodrigues, Vida on 11 de novembro de 2009| 3 Comments »
Ontem os fãs de futebol receberam uma triste notícia: o goleiro Robert Enke se matou jogando seu carro embaixo de um trem. O jogador, embora não fosse extremamente popular no Brasil, passou por Benfica, Barcelona (entre outros clubes), atualmente jogava no Hannover 96 e era presença certa na convocação da seleção alemã na próxima copa.
Talvez a primeira sensação seja a de perplexidade. Como pode um jogador que tem fama e dinheiro cometer suícidio? Esse tipo de pensamento só reforça o quanto temos dificuldade em enxergar os futebolistas como… pessoas! Seres que possuem vida social, problemas e estão, como nós da arquibancada, igualmente sujeitos à altos e baixos.
Enke havia perdido uma filha de dois anos e aparentemente a infecção que o afastou dos gramados só agravou seu caso crônico de depressão.
Estamos tão acostumados em enxergar nossos jogadores prediletos como deuses, que muitas vezes esquecemos que a morte é implacável até mesmo para os grandes gênios da bola. A morte mais comum de um jogador é a velhice, quando as rugas e os cabelos brancos nos fazem esquecer que ali reside um craque. Não, leitor. Não há fuga. Se a beleza do futebol é tabelar a cada segundo com a vida temos que aceitar que a morte é o grande momento dessa partida.
A primeira história de suícidio que tive notícia foi a do, ex-goleiro do Fluminense, Castilho, quando ele deu seu último vôo do sétimo andar de um prédio.
A lista de jogadores suícidas não vai do goleiro ao ponta-esquerda, mas podemos citar os casos do ex-americano Maneco (que se matou por uma dívida de quarenta contos), Yiannis Koskiniatis, da terceira divisão grega e ainda o meia Sarkis Aroyana da seleção sub-19 da Armênia…
Ao pesquisar sobre o grande Castilho acabei por cair no livro “À sombra de chuteiras imortais” do grande Nelson rodrigues. Já havia lido o livro uma vez, mas tinha me esquecido da principal lição da história: nesse jogo, só as chuteiras são imortais.
Posted in Campeonato Brasileiro, Fluminense Football Club, Futebol, Vida on 10 de setembro de 2009| Leave a Comment »
Em 1984 o Fluminense comemorava o seu primeiro campeonato brasileiro já no final da chamada “Máquina Tricolor”. No ano seguinte o clube ganharia mais um estadual e se tornaria tricampeão carioca.
Posted in Campeonato Carioca, Clube de Regatas do Flamengo, Fla-Flu, Fluminense Football Club, Futebol, Histórias da bola, Maracanã, Vida on 11 de abril de 2009| Leave a Comment »
Pela primeira vez, assisti a um Fla X Flu, no Maracanã. Não me senti à vontade para escrever sobre o jogo. Um tema, envolvendo o resultado (1 x 1), morreu pré-maturo. O fato é que estava intimidado. Num sentimento parecido com aquele provocado pela frase de Adorno, “Não é possível fazer poesia depois de Auschwitz”, me sentia rodeado pela afirmação “Não é possível escrever sobre um Fla X Flu depois de Nelson Rodrigues”. Claro, apelei para o relato de minha experiência particular, deslocando a atenção do objeto para o sujeito. Minha sincera revolução copernicana.
Foi… Bom, quer dizer, foi quase bom. Não tiveram jogadas encantadoras, o primeiro tempo se arrastou num zero à zero, o estádio não estava cheio e nenhum dos dois times corria risco de desclassificação. Mas ocorreram gols, um pra cada lado, pude ver as torcidas explodirem de emoção, e a organização do evento, diga-se de passagem, estava exemplar. Apesar de não ser bem isso que se espera de um Fla X Flu no Maracanã. Eu trocaria uns quarenta minutos à mais na fila por um gol de barriga decidindo o campeonato. Concordo que a expectativa não poderia ser tamanha, pela própria circunstância da partida, mas um três a dois, de virada, passava pela minha cabeça. Enfim: foi bom.
Alguém me consolaria dizendo que a primeira vez dificilmente se passa como o desejado. E mais, diria que nossas expectativas são a causa de nossos maiores males, o motivo de todas as nossas decepções, e imediatamente lançaria um discurso sobre a abolição das esperanças: assim, livres do mal que restou na Caixa de Pandora, tudo se mostraria digno de admiração, como se contemplássemos as coisas sempre pela primeira e última vez. Faz algum sentido. Mas, fóssemos assim, não nos deleitaríamos tanto diante da atuação do Barcelona diante do Bayern de Munique.
Fim de primeiro tempo: quatro a zero, dois gols de Messi, um de Henry e outro de Eto´o. Quando o Cruzeiro, após vencer o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, em 2003, contratou o Rivaldo, as pernas dos adversários bambearam. À toa. O Cruzeiro imaginado não entrou em campo. Na Copa do Mundo de 2006, o suposto Brasil não foi à Alemanha. Digo isso pelo seguinte: imaginem Eto´o, Henry e Messi num só time; pois foi essa imagem que realmente entrou em campo quarta-feira. Dia marcado pela exaustão de todas as espectativas. Pareceu, por isso, que estávamos assistindo uma partida de futebol pela primeira vez, enquanto a equipe espanhola jogava como se fosse pela última. Espero, ansiosamente, o próximo jogo, conste nele o Barcelona ou Flamengo e Fluminense.